Já fomos chamados de culto, seita, psicopatas e de adolescentes sem nenhum centavo no bolso. Mas se me perguntarem no que acredito que somos, eu diria que somos teimosos, teimamos em acreditar na separação do dinheiro e Estado.
Equipados com criptografia, termodinâmica e software sabemos que a sorte está do nosso lado. Guiados pela escola austríaca de economia, conseguimos enxergar as mazelas do dinheiro fiduciário e nos proteger, sobrevivendo às ondas de extorsões vindas da classe que tem acesso à máquina impressora de dinheiro. Não somos heróis nem mártires, somos os pequenos mamíferos que sobreviveram à extinção dos dinossauros e herdaram a Terra.
Políticos, magnatas da grande mídia e do sistema financeiro, saibam que os Bitcoinheiros não irão à lugar algum, somos mestres da sobrevivência. Ano após ano, implacavelmente, estaremos aqui, no ciberespaço, aumentando nosso alcance e influência, convertendo aqueles que sabem ouvir, defendendo este protocolo que é nossa esperança de um futuro melhor.
Sete anos atrás, descobri essa rede de indivíduos teimosos espalhada pelo mundo. Naquela época, não existia a “bolha brasileira do bitcoin”, os primeiros podcasts em língua inglesa estavam nascendo, a mídia tradicional e seus economistas estatais não tinham vergonha de dizer que o Bitcoin era golpe e meus amigos mais inteligentes tinham certeza de que em mais alguns anos essa “moedinha digital” estaria extinta.
Muita coisa mudou, mudou porque ainda estamos aqui, todo dia, contribuindo. Pois sabemos que não existe outra coisa mais importante para dedicarmos nossa energia.
Estamos adaptados a viver entre os poderosos dinossauros, sabemos que não ganharíamos uma briga direta, então nos reproduzimos sem chamar atenção, e sempre nos mantemos preparados para a colisão do meteoro que, ao que tudo indica, não deve tardar.
2 anos após sumiço, o pequeno mamífero volta a botar a fuça fora da toca, sentindo cheiro de carcaças de dinosauros